quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Curvas (repost) - J.C

E nas curvas daquele corpo me perdi. Começando das curvas do cabelo, dia seco, dia molhado, dia liso ou preso escovado. E fui descendo a estrada da felicidade, acabei passando do ponto, sem maldade, aquelas pernas, com andar maroto, meio esperto, meio encantador, e tornei a subir e me vi batendo nas curvas daquele quadril, tanta simetria, unindo as pernas de forma sutil. E para não me prender a safadeza, eu deixei de lado aquela simples beleza, aquelas curvas do seu abdome, na estrada sem rumo, queria me encontrar sendo seu homem, suavidade nas laterais que ela insistia em dizer que estava fora da medida, eu continuava a dizer, neste lugar, talvez não exista mais linda. Mas pra que me aprisionar naquela simetria, desde as pernas até os seus ombros, tudo se encaixava, com a mais incrível sintonia. E continuando naquela rota, tornei ao ponto de partida onde pulei para dar o suspense sobre aquilo que de mais belo existia, as curvas de seu rosto. Desde as maças a serem grandes e macias, aos olhos que qualquer encantava, seguindo em torno de seu queixo e logo mais acima lá estava, aquilo que era fonte mais incrível de beleza, com aqueles lábios, nem cheio, nem seco, porém com maravilhosa boniteza, acompanhados por aquele belo sorriso, não o mais perfeito, mas a curva mais bela de toda aquela estrada que cheguei a percorrer, e ainda percorro, sem toques, sem avanços apenas com o poder de meus olhos, porém, se me perguntarem se eu já encontrei o fim daquela maravilhosa rodovia, eu responderei que se fosse possível, para toda a minha vida, nela eu me perderia.

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