Esse não é mais um poema mostrando o quanto estou apaixonado
por aquela menina de cabelos postiços que esconde por trás daquela embalagem um
produto original mais que belo. Esses versos não são para falar da moça que tem
a capacidade de me fazer dormir pouco e mesmo assim permanecer sorridente só em
saber que troquei um pouco do meu sono para falar com ela. Essas frases não são
para demonstrar que meus dias eram melhores quando ela estava presente neles.
Esse aglomerado de palavras nunca será compreendido de tal
forma que faça seus leitores entenderem o porquê desse amontoado não ser para
aquela moça do sorriso simples, não o mais belo, mas tão sutil ao ponto de me
fazer pensar, “partiu, cheguei no paraíso logo depois que ela sorriu”. Essas
letras colocadas de forma ordenada não são direcionadas para ela que tem um
belo detalhe a cada sorriso, unilateral, mas único e incrivelmente bonito.
Isto que escrevo não é dedicado a ela que desde a primeira
vez que a vi me perguntei: “será que consigo fazê-la sorrir? Ou será que ela da
moral para mim?”. Essa forma que me expresso não é referente a ela que não
aceita o fato de ser bela, e me faz insistir que talvez eu nada nela mudaria, a
não ser o companheiro, estando assim eu ao seu lado até o fim de seus dias
nesse estado, emocional, ou regional.
Essa inspiração, não foi a que me fez escrever esse poema do
ao contrário, não é de alguém que está apaixonado e tem medo, mas sim de alguém
que é forte, e a coragem está sempre do seu lado. Esses versos não foram feitos
para revelar a angustia de alguém que agora sente mais aliviado, mesmo sem
conseguir dormir pensando naquela que um dia o fez sorrir, mesmo sem dizer uma
palavra.
Esse ajuntado de vogais e consoantes não foi feito por
alguém que queria ser amante, namorado ou ficante, nem foi feito por alguém que
sente falta, saudade, nostalgia de uma pessoa que até pouco tempo atrás era
“irrelevante”.
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