sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O destino levado - parte I

Aqui venho lhe contar,
a história de dois amigos,
que vivem em contextos diferentes,
um é pobre e outro rico.
João e Maria,
nomes já conhecidos
mas em uma história diferente
onde bruxa, floresta ou doces
não fazem parte da corrente
Maria a princesa
João o filho de camponês
mas que raio de história é essa
onde o príncipe não tem vez?
Em um dia muito atípico, Maria resolveu desandar, mas jamais pensou ela, que sua vida iria mudar. Lá estava ela a caminhar, em torno do seu reino, em suas vilas procurando coisas diferentes para adicionar a sua vida. E lá estava João, naquele mesmo di a caminhar, precisava sair do campo, para na vila algumas coisas comprar. E nunca pensou ele, que naquele dia sua vida iria mudar.
Por um acaso do destino, mesma rua e mesmo caminho, lojas vizinha a visitar, e um estranho a esbarrar.
- você está cego? - A gritar ela questionou, e em tom baixo, meio envergonhado – desculpa – ele falou. Percebendo o exagero, tornou ela a falar:
- não foi nada garoto, será que posso lhe ajudar? - E ele mesmo tímido, encabulado, algo naquele dia fez-lo mudar, e responder a Maria:
- Será que você pode seu nome falar? -E ela sorriu e ele se assustou, nunca tinha visto tanta beleza como naquele sorriso encantador. Ela respondeu meio sem jeito – meu nome é Maria, e esse é meu Reino – Ele ficou sem saber o que fazer se sorria ou se curvava, se saia de perto ou se continuava. E vendo ela aquele olhar assustado, logo falou para ele – não se preocupe aqui não tem soldados. Resolvi passear pelo reino, para fazer novas amizades. Com um tom irônico e até certo ponto assustador.
E ele lá continuava. Pobre do João, nada falava. única coisa que fazia era pensar, naquele sorriso e que deveria algo falar. E continuava pensando – como pode ela ser tão bonita? Como pode ela está aqui ainda? Será que devo algo falar? Não, não eu preciso algo dizer, mas sou apenas um filho de camponês, que amizade ela iria querer? – e sem saber como, algo ele falou:
- Você gosta de frutas? – e sorridente ela falou – Claro que sim, se for manga ponto comigo você ganhou. - E dessa forma foi comprovado que ali o destino tinha aprontado...
Era época de manga e João sorriu, e ainda falou para Maria – Vamos à casa do meu tio, é época de manga e lá tem um pé e do lado um rio. Quem sabe após comermos, no banharíamos nesse rio... - mas João estava assustado. De onde veio tanta coragem, ele estava se perguntando, e antes que a timidez voltasse a tomar conta dele, falo de forma marota – e para você não se esquecer, meu nome é João, muito prazer.
Maria estava encantada com aquele garoto que pouco falava, e perceber que valeu a pena ter fugido de madrugada. E a João ela sacudiu, respondendo bem rápido – o que estamos esperando para ir a casa do seu tio?
E Maria muito deslumbrada, pois mal o conhecia, mas dele já gostava, e sentia que aquela amizade, por muito tempo duraria. Enquanto João não compreendia como poderia estar em sua companhia, pouco belo e meio sem jeito, ele não sabia se estava agindo direito, com aquela garota que fez acelerar seu peito.
 Casa do tio de João era ali do lado, porém parecia uma eternidade para ele, por quanto mais andavam, mais Maria questionava – está longe? O que você faz? Qual sua idade? Quem são seus pais? Você tem irmãos? Quanto tempo vai andar mais? Eu estou enchendo o saco? Será que vou poder levar manga pra casa? Você está arrependido de ter me convidado? – mas João estava o caminho todo sorridente, pois estava na companhia da filha do rei Jorge Valente, e a tudo respondia sem a menor grosseria, tudo o que ela queria. Porém em sua cabeça só tinha espaço para um pensamento – como ela é linda, será que já está prometida? Será que eu posso apenas sonhar com ela? Será que posso sonha que sonhei que eu a tinha como minha prometida? -  mas tornava a pensar – sou apenas um camponês, que tipo de felicidade a ela eu poderia dar? – porém continuou a sorrir, não a deixando perceber que algo o desanimava, fazendo prevalecer a sua boa companhia.
E chegando na casa do tio de João, comera manga de montão, do fim da manhã até o final da tarde, ser conheceram mais não saciaram a vontade, vontade de se conhecer para ver se conseguiam compreender o motivo daquela amizade está tão forte mesmo com tão pouco tem que vieram um ao outro se conhecer.
E se banharam no rio e a noite foi chegando, e seus pais se questionando – onde estão esses garotos que para casa não os vir voltando?
E João continuava a pensar mais do que a falar, isso era parte de sua natureza, não poderia jamais negar - será que ela deveria saber que apesar do pouco tempo, eu queria poder ter a companhia dela todos os dias.... Será que ela deseja o mesmo que eu? Como ela ainda está aqui e sorrindo dessa forma para mim? Eu que falo tão pouco e quando falo é besteira sobre mim... – e Maria apenas sorri e falava mais e mais aparentemente se sentindo bem, como nunca na companhia de um até pouco tempo estranho, que a fez sentir algo além.
E então João tomou coragem e ia perguntar algo de passagem, pois aquela coragem repentina voltou a tomar conta dele, e a ela ele iria questionar se novamente queria vê-lo. Mas seu tio gritou – “O REI ESTÁ CHEGANDO, POIS SUA FILHA ESCAPOU, E TROUXE TODA A CAVALARIA, PARA PROCURAR POR AQUELA QUE O ABANDONOU” [...]
E se quiser saber o resto da história, espere o próximo ato, será que o camponês se sairá bem com a filha do milhardario*? Se essa estória tem um final feliz, ou algo mais que inesperado?

Ou talvez apenas espere o tempo passar e a estória se desenrolar, onde o príncipe é um camponês, sem muita coisa para se mostrar, e a princesa é a mais perfeita, que dentre todas, outra igual não há.